Observando o meu céu

A noite é tão longa...
Que durmo e acordo e ela ainda está presente...
Então me levanto de vez e fico perto da janela...
Olhando o chão do céu...
Esperando em qual estrela você virá...
E como até aqui cairá...
Estou morrendo...
Não posso partir até você chegar.
Não é pra mostrar morte...
É que ainda tenho dizeres antes de partir...
Olho a comida e não me vem fome.
Olho tudo que tenho...
E não faz sentido sem querer usá-lo.
E de todos os nomes que amo ou amei...
Ficam como meus vizinhos sem saberem como ou onde estou de fato.
Estou fraca... Partindo, eu acho.
Os poemas estão crescendo...
E meu riso morrendo.
Mas uma estrela... E nela você não está...
Se continuar assim... Vou partir sem nada dizer.
Não que eu não tenha dito.
Ou que não tenha escrito...
Mas quero fazer um reaviso:
Eu te amo.
Mas com prazo de fim de encanto.
Não me pergunte para onde irei...
Eu juro que não sei para onde vou...
Talvez você não irá pra lá...
Que engraçado...
No final,
eu vou primeiro.
Mas lembra do beijo.
Lembra de mim.
O Sol chegou...
E já não há como chegar as estrelas...
Então vou voltar a deitar... Mesmo sem dormir.
É só para me habituar ao modo de partir.
Não sei quando será a nova contagem das estrelas...
Até lá, ou daqui a pouco, tudo irá diluir.

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