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Mostrando postagens de março, 2013

A nota

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E ntão ele olhou para ela...Esperando algo dentro dele acontecesse: modificaria ou não? Ele era sempre tão certo, quase um bobo vazio de ideias bobas. Não sonhava. Tinha uma filha,um filho,uma esposa, um irmão mais velho doente, um vizinho com cara de assassino, mas não tinha um cachorro. Por que?Não se sabe. Ele morava em uma casa média, não era sua ainda, pagava todo mês uma pesada quantia tirada de seu pequeno salário da faculdade. Ele era um cara inteligente e complicadamente sem reação:um professor de Física. Sua família era a mesma, ao menos pra ele. Mas a mulher pediu o divórcio, seu filho usava maconha aos 13 e sua filha era chata e nenhum deles gostava de Física.  E o vizinho já tinha ultrapassado o limite da propriedade dele...Uns três metros já!  Mais um dia indo pro trabalho ele já recebe um aluno coreano que tinha tirado F em Física porque não era bom em Matemática.

Boca dada

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Das horas que se vão quem vai contar? Não é tão simples como parece... Não é uma questão de dormir e depois acordar. O meu rastro jamais irá em exato dizer O que de fato houve ou porque tinha de ser A minha boca não é minha única palavra. A minha palavra escorre a partir dela Molha corpo e a veste lava, impregina no cheiro da mente. Não veja só a boca dada! Não seja inocente... O que lhe corta não está tão amolado. Sua pele é albina e seu entender é embaralhado. Não olhe pra boca. Pense em um pra quê. Tem mais coisa oculta além do falar e do comer. Há pedras lisas que despencam sem dó. Quem vai nos salvar? Um membro só? Por isso repito e exagero: Não olhe a boca! Aí você me vê e eu te enxergo.