Um presente


Ela me deu um sonho de presente
tão lustroso , tão carente...
que coube no meu pensar ocioso.
Ao menos aparente...

A caixa era grande!
Com um bilhete que depois notei.
Um laço vermelho,
logo meu cabelo enfeitei!

Ela não gostou muito.
Mas me diverti.
E quando rasguei a caixa
ela disse:
"Cuidado não vá destruir!".

Olhei pra ela e não entendi:
 Era ou não pra abrir?

Era um papel cheio de letras
Eu não li. Não sabia.
Olhei pra ela sem nada entender.
Eu só tinha quatro aninhos!
Ler era complicadinho...

Peguei meu laço, e a olhei:
- Mãe, amarra pra mim?
Posso te chamar de mãe?
-Agora pode.

Alegria a forma não escolhe.






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Retina inversa

Preciso de um tempo...

Cérebro