Nosso Lar


 Quando a primeira faísca da raiva desceu
como sequela de pranto ardeu...
A engelecer a certeza,
esfarelando calma e destreza.
Os pés se afastaram
galoparam pela trilha do medo...
E ao nosso lado a má sorte
coberta de tristeza.
Não fomos nós.
Infelizmente não estamos sós.
A fumaça das palavras alheias subiram
não nos mataram, nos repeliram.
Não precisamos olhar pra trás...
Pois a nossa frente em cinzas...
está tudo o que construímos.
Ao lado só o reflexo distorcido
da mesma perda entregue ao abismo.
O que vai ser do nosso lar?
Encontraremos o verde, o rio ,o mar?
Talvez estejamos pedindo mais do mesmo...
Convenhamos ser mais simples 
a metade do que o inteiro.
O barulho do fim iniciou por dentro
saindo dos poros do pensamento.
O que vai ser do nosso lar?
Minha visão teima em turvar...
Fico mais lento...
Acho que estou a sangrar...
O que vai ser do nosso lar?
O ar pesa. Para meu respirar...
Fui ferido.
Mas ainda sim preciso...
Do verde, do rio, do mar...
Caí.
Vejo o céu vermelho
e o fogo em meu pêlo.
Estrelas cadentes queimam...
As árvores que chamei de minhas...
Estam caindo.
Nenhum pássaro de esperança...
E o barulho está sinicamente sorrindo...
Mas eu sei...
Não fomos nós.
E infelizmente não estamos sós.
O que será do nosso lar?
Só sabemos que o ganhamos...
Qual usurpador veio tirar?


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