Eu já sei


 
Quando me entregas palavras doces...
Eu sei que são vazias de boa intenção.
Na verdade pra ti sou como mais uma reserva...
Que com adjetivos é guardada longe do coração.


Quando me chama de linda ou me diz fazer algo só por mim...
Sei que é pra ti mais uma brincadeira.
Que termina sempre com você rindo...
Imaginando como eu me senti.


Eu também sei que só queres ver até onde é meu limite por ti.
Até que ponto posso esperar ou conceder ou me envolver...
Diz que farás tanto por mim...
Que nunca teve a inquietação de realizar.
Não ligas. Não me escreves. Não vens.
Então, o que é que tu pra mim tens?
E diz vagamente de tuas lágrimas...
E vomita em cima de mim todas as tuas felicidades!
Mas por quais bondades não me levas contigo?
Aí depois me corrige às palavras secas, à distância...
A reprovar um de meus vícios.
E tenta me enquadrar em uma teoria que nem tu sabes ser certa.
E como sempre:
Não ligas.
Não me escreves.
Não vens.
E sempre diz...
Quando eu  a ti procuro...
"Eu vou..."
E nunca vais.
Nunca vais me dizer o que quero.
Nunca vais estar aqui por primeira escolha.
Nunca vais me escrever um poema como este.
Não por tua impotência.
Mas por tua escolha de real ausência.
E boba que sou,
sinto tua falta.
Eu sei que tenho uma tola alma.

Que  a cada dia esquece de deixar de te amar.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Retina inversa

Preciso de um tempo...

Cérebro