Cedendo e percebendo
Eu entrego o não meu para que possas ter o seu... Estou guardando o além do meu necessitar... Para que a uma futura vontade sua possa saciar. Paguei por aqueles que te deviam... Para que nada te faltasse. Não contei para que de mim tivesse amor e não piedade. Fiz de você o envelope do meu dízimo... E estou já estou ultrapassando a fidelidade... Já é juros sobre juros...Pesando em minha realidade. No meu comer e no meu vestir... Eu não divido contigo. Se reparar, a maior parte é sempre teu abrigo. Não me perguntes a natureza de tudo isso... Jamais! Apenas aceite como sempre: sorrindo e confiante em mais. Mas é certo que às vezes sinto falta... De agradecimento receber... Às vezes preciso de mais: que faças por mim o que faço por você. De sacrifício entendo muito. De falta entendo pouco. Porém pela falta você esta a me ensinar... Porque quando entrego não paro, e fico a mercê...A desejar... E que ninguém espera é que algo me falte. Porque muito é me dado. ...